sexta-feira, 9 de abril de 2010

Saúde: Profissionais de emergência pré-hospitalar admitem greve em Maio

Os profissionais de emergência pré-hospitalar admitem avançar com uma greve no início de Maio se a sua carreira continuar por aprovar pelo Ministério da Saúde, anunciaram hoje à Lusa os sindicatos do sector.
O Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência (STAE), o Sindicato Nacional dos Profissionais de Emergência Médica (SINAPEM) e a Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar (ANTEPH) anunciaram apoio "incondicional" à direcção do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) quanto à "política de optimização" dos recursos humanos e técnicos.
O apoio estende-se à "racionalização financeira a que se propôs", segundo as mesmas fontes.
No entanto, estes profissionais manifestam-se "incrédulos e receosos das inconstâncias do Ministério da Saúde perante a inadiável melhoria da emergência pré-hospitalar".
Em causa está o "atraso na aprovação da carreira de técnico de emergência pré-hospitalar assumido pelo secretário de Estado Manuel Pizarro em Novembro de 2008", com o acordo das entidades envolvidas nesta área.
Os sindicatos e a associação sublinham que em Portugal apenas "1/3 da rede de ambulâncias é profissional (INEM e Bombeiros) e a formação é exígua perante o grau de responsabilidade da área de actuação", que é "salvar vidas".
Assim, estando "inconformados", os técnicos afirmam-se "forçados a adoptar duras e drásticas medidas" e que podem envolver 700 técnicos de ambulância de emergência do INEM, 1500 bombeiros voluntários e 200 técnicos operadores de telecomunicações de emergência do INEM.
Admitem recorrer desde à greve de zelo até a uma "efectiva e real paralisação", se a carreira não avançar até final de Abril, segundo as fontes.
Os dois sindicatos e a associação representam 97 por cento dos profissionais que trabalham no socorro e prestação de cuidados de emergência no pré-hospitalar em Portugal.
Contactada pela Lusa, fonte oficial do Ministério da Saúde disse que a tutela não fará, para já, qualquer comentário sobre esta matéria.
(BP)

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