Há pelo menos sete mortos confirmados no Funchal, entre várias pessoas dadas como desaparecidas em toda a região, em consequência do temporal que fustigou a Madeira desde as primeiras horas da madrugada, com chuva intensa e vento forte. Situação vivida na capital madeirense é mais grave que a calamidade de 1993.
No Funchal, uma idosa morreu quando o tecto da sua residência abateu, em Santo António, e outra mulher foi já recolhida pelos bombeiros, no centro do cidade, depois de ter sido arrastada pelo caudal de água que tornou intransitável a rua da Pena. Nesta principal entrada na cidade, várias viaturas, incluindo um tanque dos bombeiros, foram arrastadas pela enxurrada.O caudal das duas principais ribeiras do Funchal subiu consideravelmente, pondo em perigo pessoas e viaturas que circulavam, sobretudo em zonas que se tornaram mais críticas devido ao estreitamento dos leitos para alargamento de estradas e construções. Situações dramáticas foram vividas perto dos centros comerciais Dolce Vita e Anadia que encerraram após evacuação dos clientes e lojistas. A ponte do Mercado dos Lavradores ruiu e a margens das ribeiras, na parte mais baixa da cidade, tornaram-se num “mar de entulho”.A população da Ribeira Brava, por sua própria iniciativa, abandonou a baixa da vila que ficou completamente inundada depois do caudal da ribeira transbordado, destruindo pontes e ultrapassando as muralhas.Dada a gravidade da situação, o governo regional convocou uma reunião de emergência e apelou aos trabalhadores que comparecessem nos parques de máquinas para colaborarem com bombeiros nas tarefas de socorro. A Protecção Civil e as autoridades policiais pedem, através das rádios, às pessoas que evitem efectuar deslocações, que são impossíveis entre vários pontos da ilha, devido às derrocadas que obstruem as estradas.
Fonte: Público
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