segunda-feira, 5 de julho de 2010

Chamusca:Incêndio no aterro da Resitejo causou elevados prejuízos


Estão ainda por apurar as causas do incêndio que, na tarde de sábado, dia 3 de Julho, destruiu varais toneladas de material já triado no Aterro de Resíduos Sólidos Urbanos da Resitejo, no Parque Eco do Relvão, Carregueira, Chamusca.

Os fardos de material já triado e acondicionados para reciclagem encontravam-se num parque aberto nas instalações da empresa e acabou por destruir uma parte de um dos pavilhões de armazenagem dos materiais e danificar um outro.

De acordo com declarações de Diamantino Duarte, administrador – delegado da Resitejo, o incêndio começou cerca das 15 horas numa zona junto à central de triagem onde estão armazenados, na sua maioria, material cujo destino é a reciclagem. “Trata-se de um incêndio, cuja ignição ainda é desconhecida, que depois de começar a consumir o material já triado se propagou a outros materiais que ali se encontravam armazenados tomando grandes proporções. Felizmente que os bombeiros chegaram rapidamente e evitaram que se propagasse a outras instalações”, disse Diamantino Duarte.

Contudo, segundo o administrador delegado, “os prejuízos são muito elevados, ardeu material que estava pronto para ser entregue para reciclagem, no valor de perto de 100 mil euros, e as estruturas de um dos pavilhões da triagem ficou muito danificado, e um outro de armazenamento também ficou em muito mau estado. Será um prejuízo que poderá ultrapassar os 500 mil euros”, afirmou o administrador.

O problema não vai impedir o normal funcionamento do aterro e da central de triagem. Mas o prejuízo vai trazer ainda mais dificuldades à tesouraria da empresa. “É um problema grave, Já atravessamos alguns problemas de tesouraria, em virtude do elevado montante da facturação a pagamento das câmaras, estávamos a conseguir controlar a situação com a receita que tínhamos do material triado e com mais alguns trabalhos que conseguíamos fazer e agora com o que vamos deixar de mandar para reciclagem, a situação fica ainda mais difícil”, disse Diamantino Duarte.

O administrador garantiu ainda que o material que ardeu tinha um valor de cerca de 75 mil euros, “corresponde a cerca de dois terços do valor do vencimento dos funcionários. Vamos ter que encontrar soluções internas para resolver o problema. Não vale a pena olhar para trás, vamos ter que pedir a colaboração dos funcionários para repor as condições para continuar a trabalhar. Amanhã vamos abrir o nosso processo de inquérito e o mais tardar na terça-feira vamos ter que entrar em velocidade de cruzeiro”, garantiu Diamantino Duarte, acrescentando que no que se refere ao restante trabalho do aterro nada foi afectado.

O alerta aos bombeiros foi dado pouco antes das 15h00 e os Bombeiros Voluntários da Chamusca rapidamente chegaram ao local e começaram o combate às chamas. “É um incêndio difícil de combater, existia no local muito material altamente inflamável, e o fogo desenvolveu-se com muita celeridade. Nós os Bombeiros da Chamusca, com o auxílio de várias corporações do distrito, conseguimos controlar o incêndio, e evitar que se propagasse ao pavilhão ao lado”, disse o comandante dos Bombeiros Voluntários da Chamusca, Manuel Rufino.

Cerca das 24h00, Manuel Rufino disse a O MIRANTE, no local, que o rescaldo iniciado por volta das 20 horas, ainda vai ser demorado. “É preciso desmanchar e mexer fardo a fardo, os colchões têm que ser desfeitos para evitar reacendimentos, vamos ter que estar aqui mais duas ou três horas, vamos fazer os possíveis para evitar mais problemas”, garantiu.

Segundo o comandante dos Bombeiros da Chamusca, estiveram envolvidos no combate ao incêndio elementos de várias corporações do distrito, com 26 veículos e 90 homens.
(O Mirante)

0 comentários: