sexta-feira, 7 de maio de 2010

Bombeiros usam pela primeira vez equipamento de geo-referenciação

Os bombeiros do distrito vão ter, este ano, um novo meio para ajudar a combater os fogos florestais.

As corporações receberam diversos equipamentos de geo-referenciação para melhorar a coordenação no terreno. Esta é uma das novidades para a época de incêndios que se avizinha e que ontem foi destacada pelo governador civil de Viseu, Miguel Ginestal, durante a apresentação do dispositivo para o distrito.

No total, são 32 as corporações que beneficiaram dos novos equipamentos que incluem centrais telefónicas, computadores, ecrãs plasma e sistemas GPS para as viaturas de combate aos incêndios.

O investimento nos novos equipamentos resultou de uma candidatura apresentada pela Federação de Bombeiros de Viseu, no valor de 950 mil euros.

Estes novos equipamentos, segundo o governador civil, permitem uma "resposta mais eficaz" porque os bombeiros sabem quais e onde estão dispostos os meios e, também, asseguram "a segurança" dos próprios homens da paz. "Não nos podemos esquecer que a detectação rápida e a primeira intervenção são a chave do sucesso no combate aos fogos florestais", sublinhou Miguel Ginestal.

O responsável anunciou ainda esperar que o distrito de Viseu venha a ser contemplado com a instalação de um sistema complexo de geo-referênciação que permite com precisão detectar o início de um incêndio.

"Trata-se de uma candidatura nacional e, por isso, resta esperar. Fizemos saber junto das autoridades competentes da necessidade deste sistema ser instalado no distrito de Viseu", disse.

Prevenção

A floresta representa 40 por cento da área do distrito, um dos com maior densidade florestal. O pinheiro bravo, o eucalipto, o carvalho e o castanheiro são as principais espécies.

De acordo com Miguel Ginestal, o dispositivo disponibilizado para a época de incêndios está "adequado à realidade", tendo também em conta as previsões para este ano.

O governador civil lembrou que fruto de um Inverno chuvoso, a maior preocupação centra-se no facto de "existir muita matéria combustível na floresta". "Estamos muito atentos a esta realidade e aqui a prevenção é muito importante", realçou.

Lamentou que as matas do distrito não estejam limpas como seria o desejável, apesar dos apelos feitos aos proprietários.
Realçou ainda a importância que a floresta tem nos sectores sociais e económicos no distrito e que há uma meta a cumprir: a de contribuir para que o país, até 2012, tenha por ano uma média inferior a 100 mil hectares de área ardida.

No ano passado, e de acordo com os dados da Autoridade Florestal Nacional, arderam no distrito de Viseu 8 592 mil hectares. Registaram-se 3085 ocorrências.

O ano de 2005 foi o de maior flagelo no que diz respeito a fogos florestais, com os dados a indicarem mais de 30 mil hectares de área ardida. 2008 foi o ano mais calmo quer no número de ocorrências, quer na dimensão da área ardida.
(Diário de Viseu)

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