sábado, 24 de abril de 2010

Governo prevê ano "difícil" no combate aos fogos florestais


O secretário de Estado da Proteção Civil, Vasco Franco, previu hoje, sexta-feira, que este ano seja "difícil" em matéria de incêndios florestais, contando com um dispositivo de combate que "é idêntico" ao de 2009.

Vasco Franco falava depois de assistir a um exercício da Força Especial de Bombeiros (FEB), em que participaram meios humanos e aéreos no combate a um simulacro de incêndio, na zona de Terena, concelho de Alandroal (Évora).

"Nós prevemos que seja um ano difícil, uma vez que as condições climatéricas têm produzido muito material (vegetação), que poderá permitir muitas ignições durante este ano", disse o governante. "Temos que estar muito atentos, muito vigilantes e capazes de dar uma resposta pronta às situações que poderão ocorrer", sublinhou.

Vasco Franco adiantou que o dispositivo de combate a incêndios florestais, que se está a preparar em todo o país, "é idêntico àquele que existiu o ano passado", com os mesmos meios aéreos e com meios humanos "ligeiramente reforçados".

Trata-se, segundo o governante, de um dispositivo que tem "um encargo total que ronda os 103 milhões de euros". "Isso significa o esforço que o país faz anualmente para proteger as suas florestas e é um esforço que tem de ser correspondido com a prevenção e também com as atitudes preventivas por parte dos cidadãos", disse.

O secretário de Estado da Protecção Civil justificou as "preocupações" com a próxima época de incêndios florestais com a existência de "muito material acumulado" nos campos e com o facto das condições climatéricas não terem permitido que toda a acção de prevenção que se costuma realizar em Março e Abril se realize".

"Vamos insistir com todas as entidades para que o façam (prevenção) assim que o tempo o permita, mas naturalmente isso são razões acrescidas de preocupação", salientou.

"Estamos preocupados. Estamos atentos, especialmente apelamos a todos os cidadãos para que também se preocupem e actuem em conformidade", sublinhou.

O exercício a que o governante assistiu e que termina amanhã visa o treino de abertura de faixas de contenção, combate com helicópteros e definição de estratégias de combate aos fogos.

O secretário de Estado esteve acompanhado pelo presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil, general Arnaldo Cruz, e pelo comandante Operacional Nacional, Gil Martins.
(JN)

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