Uma criança de quatro anos, que dormia na cadeira instalada no banco traseiro do carro dos avós, foi salva por Paulo Oliveira, 38 anos, quando o veículo se afundava nas águas do Rio Tejo, depois de o avô não ter travado bem a viatura, junto à zona ribeirinha de Alhandra, concelho de Vila Franca de Xira.
O homem, trabalhador na área da logística de uma empresa de tintas, natural de Vila Franca de Xira, residente em Alhandra, passeava com a esposa e um amigo quando ouviu os gritos da avó a pedir ajuda que, agarrada a uma das portas, tentava desesperadamente parar o veículo que se precipitava no leito do rio.
“Parei o carro e fui dar uma voltinha junto ao rio com o meu neto mais velho. O pequenino estava a dormir e deixei a avó a olhar por ele. O carro ficou destravado ou mal travado, deslizou e foi à água. Foi distracção”, relata João Lourenço, 64 anos, morador no concelho de Loures e que apanhou em Alhandra o maior susto da sua vida na tarde de domingo, 21 de Março.
“Assim que embalou, o carro entrou pela água adentro com uma velocidade, mas a senhora nunca o largou. Quando lá cheguei ouvi-a dizer, “ai o meu menino”. Foi aí que me apercebi de que estava uma criança no interior da viatura. Não hesitei e entrei para dentro da água”, relata Paulo Oliveira a O MIRANTE, que confessa. “Tive medo de falhar. De não conseguir tirar o menino cá para fora. Graças a Deus que a porta abriu logo. Para tirar o cinto da cadeirinha ainda entrei um bocado em pânico pois não estava a conseguir e a água estava a entrar. Felizmente consegui desprender o cinto e retirar a criança, que já tinha água pela barriga. Foi tudo muito rápido e o carro fundou-se logo em segundos”, conta Paulo Oliveira.
Depois de resgatada, a criança, que tremia de frio, foi agasalhada com roupa do irmão mais velho de sete anos. A avó ficou presa entre a viatura e um bloco de cimento, que se encontra já no rio, junto à margem, e teve ferimentos nas pernas. Foi transportada pelos Bombeiros de Alhandra para o Hospital de Reynaldo dos Santos em Vila Franca de Xira em estado de choque, mas teve alta no próprio dia.
Depois de reflectir, passadas algumas horas sobre o sucedido, Paulo Oliveira tem consciência que salvou a vida daquela criança mas não se considera um herói. Reconhece que as coisas podiam ter corrido mal e garante que aquela tarde de domingo ficará para sempre gravada na sua memória. A primeira noite é que foi mais difícil. “Quando fui para a cama não consegui dormir. Só via a água a entrar no carro. De meia em meia hora acordava e pensava no que se passou”, refere.
Paulo Oliveira abandonou a zona do Cais 14, pouco depois dos Bombeiros de Alhandra terem chegado ao local e não foi visto por mais ninguém. Diz que recebeu uma palmada nas costas do avô da criança e foi-se embora mudar de roupa que estava toda molhada. “Não o conheço. Mas ele é que salvou a criança”, assegura emocionado José dos Santos, 60 anos, também avô e que testemunhou o acontecimento que teve um final feliz mas que poderia ter terminado em tragédia, caso não fosse a coragem e sangue frio de Paulo Oliveira.
A viatura foi retirada do rio pelos Bombeiros de Alhandra. De acordo com o comandante esta foi a primeira vez que uma situação destas aconteceu naquele local. Para a presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira o local não necessita de protecção e congratula-se que tudo tenha acabado bem. “Felizmente não há nada de grave a lamentar a não ser o susto. Ainda bem que alguém intrépido, corajoso e generoso, de imediato interveio”, disse Maria da Luz Rosinha.
O homem, trabalhador na área da logística de uma empresa de tintas, natural de Vila Franca de Xira, residente em Alhandra, passeava com a esposa e um amigo quando ouviu os gritos da avó a pedir ajuda que, agarrada a uma das portas, tentava desesperadamente parar o veículo que se precipitava no leito do rio.
“Parei o carro e fui dar uma voltinha junto ao rio com o meu neto mais velho. O pequenino estava a dormir e deixei a avó a olhar por ele. O carro ficou destravado ou mal travado, deslizou e foi à água. Foi distracção”, relata João Lourenço, 64 anos, morador no concelho de Loures e que apanhou em Alhandra o maior susto da sua vida na tarde de domingo, 21 de Março.
“Assim que embalou, o carro entrou pela água adentro com uma velocidade, mas a senhora nunca o largou. Quando lá cheguei ouvi-a dizer, “ai o meu menino”. Foi aí que me apercebi de que estava uma criança no interior da viatura. Não hesitei e entrei para dentro da água”, relata Paulo Oliveira a O MIRANTE, que confessa. “Tive medo de falhar. De não conseguir tirar o menino cá para fora. Graças a Deus que a porta abriu logo. Para tirar o cinto da cadeirinha ainda entrei um bocado em pânico pois não estava a conseguir e a água estava a entrar. Felizmente consegui desprender o cinto e retirar a criança, que já tinha água pela barriga. Foi tudo muito rápido e o carro fundou-se logo em segundos”, conta Paulo Oliveira.
Depois de resgatada, a criança, que tremia de frio, foi agasalhada com roupa do irmão mais velho de sete anos. A avó ficou presa entre a viatura e um bloco de cimento, que se encontra já no rio, junto à margem, e teve ferimentos nas pernas. Foi transportada pelos Bombeiros de Alhandra para o Hospital de Reynaldo dos Santos em Vila Franca de Xira em estado de choque, mas teve alta no próprio dia.
Depois de reflectir, passadas algumas horas sobre o sucedido, Paulo Oliveira tem consciência que salvou a vida daquela criança mas não se considera um herói. Reconhece que as coisas podiam ter corrido mal e garante que aquela tarde de domingo ficará para sempre gravada na sua memória. A primeira noite é que foi mais difícil. “Quando fui para a cama não consegui dormir. Só via a água a entrar no carro. De meia em meia hora acordava e pensava no que se passou”, refere.
Paulo Oliveira abandonou a zona do Cais 14, pouco depois dos Bombeiros de Alhandra terem chegado ao local e não foi visto por mais ninguém. Diz que recebeu uma palmada nas costas do avô da criança e foi-se embora mudar de roupa que estava toda molhada. “Não o conheço. Mas ele é que salvou a criança”, assegura emocionado José dos Santos, 60 anos, também avô e que testemunhou o acontecimento que teve um final feliz mas que poderia ter terminado em tragédia, caso não fosse a coragem e sangue frio de Paulo Oliveira.
A viatura foi retirada do rio pelos Bombeiros de Alhandra. De acordo com o comandante esta foi a primeira vez que uma situação destas aconteceu naquele local. Para a presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira o local não necessita de protecção e congratula-se que tudo tenha acabado bem. “Felizmente não há nada de grave a lamentar a não ser o susto. Ainda bem que alguém intrépido, corajoso e generoso, de imediato interveio”, disse Maria da Luz Rosinha.
(O Mirante)
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